quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Poema da solidariedade

Existe algo que é inadmissível nesta numerosa comunidade planetária: a solidão.
Por que tanta gente sofre só em meio à caravana que passa?
No que se sintonizam as almas incapazes de ouvirem os choros?
Onde se aprendeu a praticar tamanha indiferença?
Por acaso não é a Terra um abrigo de religiões?
E todas essas uma casa de doutrinas?
E as doutrinas não falam de amor?
E o amor não se mostrou perfeito?
Então, por que deixá-lo de lado?
Quem pode viver sozinho
E dizer: eu não preciso de ninguém?
Que homem passará por este orbe sem dores?
Quem não morrerá ou não verá morrer?
A compaixão, nesta hora, é o remédio dos futuros desesperados,
Aqueles que renegam a penúria por se acreditarem na plenitude eterna.
Por isso, hei de dizer: – Não nos iludamos!
A fome da Humanidade é de pão de trigo e também, espiritual.
Estamos doentes numa Era de profundo egoísmo,
Em que se comemora a derrota alheia.
Não, não, tantas vezes não!
Sejamos transgressores,
Reneguemos essa falsa realidade.
O ser humano tem as dimensões do infinito.
Há dois milênios, Certo Alguém disse:
“Vós sóis a luz do mundo”.

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