quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Transcendência

A ilusão cansa e perturba. 
Mostra-nos o fantasioso e não revela a magia:
Aquilo que é profundo, místico;
enfim, os segredos da vida...
Os astros se movimentam no espaço,
o sol esparge luz pela atmosfera,
as estrelas brilham na abóboda celeste,
o sabiá voa entre as flores,
e os olhos? Nada vêem...
Enxergam o que não existe.
São os descaminhos,
as ciladas,
os labirintos,
as encruzilhadas,
que nos fazem dar voltas,
ir e vir,
titubear, até aprender.
Como aflige a “realidade”!
Não é de hoje, que nos falta transcendência.
O choro incontido,
a emoção pura,
o êxtase espiritual...
Vivemos catarses coletivas,
euforias transitórias,
mas nada que, realmente, deixe cicatrizes na alma.
O ano vira,
todos anseiam por sua nova face.
E nós o que fazemos?
Esperamos milagres,
mudanças repentinas,
fora das leis naturais.
Vemos a aurora inaugurar o dia,
e ignoramos a metáfora:
Somos luzes, e não, sombras!

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